segunda-feira, 5 de agosto de 2013

O Mundo do Escritor


 
Caro leitor,
 
Peço, por favor, que não se deixe enganar pelo título. Não se prenda a uma palavra chave, nem entenda os títulos no sentido totalmente literal. Ou não. Um título só é compreendido quando lemos o conteúdo daquilo por trás dele; quando lemos o livro.
 
E é justamente disso que falarei hoje para vocês. Do livro. Que outro mundo teria um escritor a não ser os mundos dos livros que ele escreve, ou os mundos dos livros que ele lê?
 
Nós escritores vivemos numa linha tênue que procura dividir a realidade sólida, da realidade de nossos livros. As vezes o envolvimento é tão forte que ficamos viajando por dias num livro que lemos, e procuramos causar esse efeito naquilo que escrevemos. Então, no meio dessa linha, nós encontramos a inspiração perfeita para escrever o que precisamos.
 
Talvez essa descrição só se aplique a mim, talvez alguns escritores venham a se identificar com o que eu descrevo e escrevo. Quem sabe? Mas uma coisa posso afirmar por todos nós: quando temos uma ideia, nada a não ser uma nova ideia consegue nos impedir.
 
E quanto ao leitor? Ah! Nessa categoria eu também me incluo. Que magia é maior do que a magia de ler? Nenhuma. Talvez nem mesmo a de escrever. Escrever é abrir uma porta para uma visita entrar. Ler é entrar numa porta, como uma visita.
 
E quando abrimos a porta do livro não encontro palavra melhor para descrevê-lo do que um Mundo. Mundos são descobertos. Mundos com a magia surreal a qual não temos acesso nesta "realidade". Poesias das mais belas, amores dos mais poderosos, lutas e vitórias das mais gloriosas! Vales extensos, cidades vazias, cenários passados e futuros. Um livro é fonte de energia.
 
Um livro é um poder que adquirimos. Um poder de mudar nosso humor, e restabelecer nossa vontade. Tantas emoções sentidas. Vivemos na pele de heróis e vilões, sentindo o sentem. Vivendo o que vivem. Eu poderia chamar isso de outra coisa além de mágico?

Escritores geralmente não são comparados a Deus, ou a Deuses. Mas eles - ou nós - criamos Mundos poderosos. Criar mundos só pode ser obra de algum deus. E, então o que seria um escritor? Não o encaremos como um homem ou mulher comuns que digitam coisas aleatórias num computador. Não! Encarem-nos como poetas, como criaturas divinas, ou talvez criaturas demoníacas. Damos a vida e damos a morte. Seríamos Deus ou o Diabo? Seríamos abençoados por Palas Atena, a senhora das artes e da sabedoria?

Não sei. Pode ser que sim, pode ser que não. Mas, nós mechemos com as emoções humanas tão fortemente que causamos raiva na maioria das vezes.

Seríamos nós, escritores, criaturas divinas? Ou, quem sabe, não possamos, pois nossos talentos divinos são comprometidos com nossos defeitos mortais que sempre se aliam ao instinto humano.

Como sempre; é só um "talvez" dentre tantas incertezas.


Com amor,
 
Morgana Maria Leandro

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